O poder de segmentação da frequência musical
Em meio a padronizadas emissoras radiofônicas, que entopem a programação com sertanejos universitários, pagodes, e pop’s diversos, surge em Ponta Grossa uma FM com uma proposta menos agitada: a 107.7, homônima da frequência. Sem querer desmerecer tais estilos musicais, mas emissoras que tocam esses gêneros existem aos punhados. A 107 FM vem atender um tipo de público que há muito tempo não tem uma rádio direcionada, assim como tantos outros públicos que não apreciam produtos massivos e até agora não possuíam uma rádio própria.
A ideia é tocar em um ritmo mais tranquilo, seguindo exemplo de outras rádios no Paraná que já fazem isso – Tribuna FM Soft, de Apucarana, Ouro Verde FM Easy e Transamérica Light, de Curitiba, dentre outras. Até as propagandas e vinhetas da emissora são produzidas em um formato “light” para condizer com a frequência das músicas. Elton John, Eric Clapton, Tina Turner e os atuais Colbie Caillat e Bruno Mars marcam presença na programação da 107FM.
“O melhor da música contemporânea”, informa a vinheta, que na verdade é o máximo de informação entre as músicas. Não há locução e, portanto, não há indicação dos cantores e muito menos dos nomes das canções, as vinhetas que marcam o fim de uma música e o começo de outra. O problema da “seleção contemporânea” é que ela é composta predominantemente por faixas internacionais, especialmente anglo-saxônicas, enquanto poderia explorar o rico acervo da música popular brasileira, que segue o mesmo ritmo “soft”.
Por Maria Fernanda Teixeira
Serviço:
107 FM, Ponta Grossa: 107,7 MHz
Tribuna FM Soft, Apucarana: 89,5 MHz
Ouro Verde FM Easy, Curitiba: 105,5 MHz
Transamérica Light, Curitiba: 95,1 Mhz
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