Posts tagged ‘Maria Luísa Cerri’

10/11/2013

De corpo e alma em cima do palco

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 Poema de Walt Whitman vira peça de teatro com valorização do corpo humano em sua perfeição e liberdade

         A perna, os pés, o braço, as mãos, o tórax, a cabeça, o corpo. A temática principal da peça “Eu canto o corpo elétrico”, adaptada de poemas do autor norte-americano Walt Whitman, traz a linguagem corporal e a função do corpo para o debate. O uso do corpo em cena tem importância equivalente ao texto.
A Companhia Ir e Vir traz ao palco corridas, passos largos e pequenos, alongamentos e saltos e também nudez. De certa forma, uma nudez que alude a poética e menos ao erotismo. Isso acontece pelas expressões transmitidos a partir de movimentos corporais. Com a nudez pretende-se representar a liberdade do corpo, a qual as roupas não permitem.

Foto: Maria Luísa Cerri

Foto: Maria Luísa Cerri

Esta foi uma das discussões levantada após a peça, em que a liberdade do corpo humano, ou a falta dela, texto e movimentos indicam que o uso de roupas e convenções sociais limitam, prendem e escondem o que é belo, segundo o autor. Seja gordo, magro, esguio, proporcional, torto, o culto da peça é sobre o corpo, o uso e a complexidade dele, não importando forma e sexo. Exemplo disso é que não se mostra uma mulher para representar o corpo feminino durante a apresentação.
A peça fez uso de poucos objetos em cena, alguns  tablados de madeira e uma bandeira dos Estados Unidos. A bandeira, por não ter função aparente em cena, não parece apresentar um significado claro ao contexto da peça, o que pode confundir o espectador.

 Maria Luísa Cerri

Serviço:
Grupo: Cia Ir e Vir, São José do Rio Preto – SP
Duração: 45 minutos
Classificação: 14 anos
A peça foi apresentada no dia nove de novembro, às 22h, no Cine-Teatro Ópera, em Ponta Grossa.

12/10/2013

Uma chuva clichês em forma de filme

Sequencia da animação infantil ‘Tá Chovendo Hambúrguer’ não inova, mas segue receita de sucesso para crianças

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Um mocinho atrapalhado, mas leal, um vilão bem malvado que quer tirar proveito de todas as situações, outro vilão que se converte no final e passa para o “lado do bem”, um amigo chato que sempre tem piadas bobas, um objeto, bicho ou criança fofo, de olhos grandes que é engraçado e tem falas marcantes, um problema a ser resolvido, um clímax, um final feliz e muita música. Essa parece ser a receita para um filme de animação hoje.

Isso não muda no filme Tá chovendo hambúrguer 2, que segue com temas centrais como a  amizade, o dilema de achar o eu verdadeiro e a luta do bem e o mal, além de algumas discussões sobre família. O primeiro filme também têm seus clichês mas conseguiu escapar melhor ao incluir tecnologia, ciência e uma insinuação ao tema da cultura de aparência, visto que não se aprofunda na discussão.

divulgaçãoFoto: Divulgação

O segundo filme também toca em alguns temas sem aprofundar, como meio ambiente e a falta de escrúpulos de empresas ao lidar com natureza e principalmente animais. O filme também faz uma crítica, mesmo que quase subliminar, ao progresso científico e deixa os adultos que saem do cinema com o questionamento do poder da ciência e até onde podemos avançar, sem ferir e prejudicar outros seres que não são racionais do mesmo modo que os seres humanos mas, como o filme sugere, possuem família e uma vida a qual não temos direito de atrapalhar.

O filme estreia na semana do dia das crianças, com o propósito de atrair, principalmente pelo feriado, famílias que procurem lazer e um filme com lições de moral e final feliz.

Maria Luísa Cerri

Serviço:

O filme está disponível no shopping Palladium e no shopping Total. A programação completa do cinema nos sites:

Palladium: http://cinearaujo.com.br/

Total: http://www.cinemaslumiere.com.br/

31/08/2013

Ctrl C + Ctrl V não “cola” mais

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Canal no youtube do Jornal da Educativa chega a ter vídeos com apenas uma visualização e não tem a eficiência esperada

     O Jornal da Educativa – programa da TV Educativa de Ponta Grossa, canal 58 do sistema aberto na Cidade e municípios vizinhos – se dedica a postar os jornais na íntegra depois da exibição no canal do Youtube. Não há nenhuma modificação, a linguagem e as matérias são as mesmas. Além de não apresentar uma frequência certa de postagem, pois nem todos os dias em que o jornal foi apresentado há um vídeo no Youtube, o canal está desatualizado desde o mês de maio de 2013.

     Esses podem ser alguns dos motivos pelos quais o canal quase não recebe visualizações e, portanto, seria ineficiente. Os 80 vídeos postados somam 980 visualizações, o que significa uma média de 12 visualizações por vídeo. O vídeo mais visualizado foi exibido originalmente no dia oito de fevereiro deste ano e tem 61 visualizações.

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Foto: Print do Canal do Jornal da Educativa

     Ao considerar que a televisão e a internet têm linguagens diferentes, os vídeos postados no canal do Jornal são pouco atrativos para os internautas. Tal fato soma-se a não divulgação dos vídeos por nenhuma outra rede social, ou mesmo na própria exibição do jornal, o que o torna praticamente um canal fantasma.

     A divulgação dos links dos vídeos nas redes sociais é essencial para obter um número maior de visualizações e que seja convidativo para a internet e para a TV. No entanto, o Facebook da TV Educativa não faz nenhuma menção ao canal do Youtube e nem anuncia que os vídeos estão disponíveis na íntegra. O que existe no Facebook são algumas chamadas escritas sobre o que vai rodar na versão televisiva e a divulgação de alguns eventos na cidade, como, por exemplo, concertos do Coro da cidade de Ponta Grossa.

Maria Luísa Cerri

Serviço:

O canal intitulado tveducativa ponta grossa pertence ao Jornal da Educativa, apresentado de segunda à sábado, com início às 19h30.

Os vídeos podem ser encontrados no link: http://www.youtube.com/channel/UCZHur2LuVxEvKUjks-T5sDQ/videos

20/06/2013

Uma música para romper preconceitos

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Quinta apresentação da fase regional do FUC traz mensagem de libertação da mente e respeito aos irmãos

        A música Aos olhos de Deus, apresentada na primeira noite do Festival Universitário da Canção (FUC), tem três estrofes que abordam a vontade de corrigir erros e libertar a ‘corrente que envolve a mente’ para, então, sem preconceitos, poder cooperar e abraçar o nosso ‘irmão’. A primeira estrofe é interpretada pelo cantor Marcos Aurélio Camargo Ribeiro (que também compôs a música) junto com o som do violino. Na segunda quem canta é Beatriz Ribeiro, apresentada no evento como acompanhante vocal e a terceira e última estrofe é intercalada pelos dois cantores.

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Foto: Lente Quente/André Jonsson

Nos seis minutos que os músicos ficaram no palco houve conversas com o público, introdução à música e a canção propriamente dita. A música começa com o violino em um tom mais grave que as músicas anteriores, o que causa uma sensação de melancolia e introspecção, que é também o que a letra da música tenta passar, como no verso: “vamos refazer nossos planos, corrigir os enganos e rever as convicções, Sem aquele medo profano tirar todos os panos e nos mostrarmos nus, Vamos quebrar toda a corrente que envolve esta mente e romper os grilhões”. No palco, a banda do Festival também acompanhou a interpretação da música, na bateria e no teclado.

Na letra, podem-se observar vários termos religiosos, como Deus, pagão, profano e divina, porém também se nota uma certa universalidade do tema de pensar no futuro de forma crítica e do sentimento de limitação humana frente um universo tão grande. A violinista e os dois cantores estavam dispostos em uma linha reta na frente da banda de apoio.

Maria Luísa Cerri

Serviço:

Canção: Aos olhos de Deus

Letra: Marcos Aurélio Camargo Ribeiro

Música: Marcos Aurélio Camargo Ribeiro

Músicos: Marcos Aurélio e Beatriz Ribeiro

29/05/2013

De fio a fio, cachecol para tempo frio

moda-e-estiloVárias cores e modelos de cachecóis aparecem no inverno com a função de esquentar o pescoço

      Basta o frio chegar para desenterrar do guarda-roupa as peças mais quentes, e com elas vem os acessórios, como as luvas e os cachecóis. O cachecol é uma tira comprida de lã, feita para enrolar no pescoço. A peça está no vestuário feminino e masculino, porém é uma peça visível apenas em dias frios pois, diferente do lenço, ele é geralmente feito de lã o que o torna difícil de ser usado em situações que não em época de temperaturas mais baixas, principalmente no inverno.

      As lojas também seguem a época, a diversidade de cores e estilos é perceptível quando o frio chega. Geralmente, a partir do mês de maio, as lojas já têm o acessório disponível. O cachecol é funcional, esquenta o pescoço no frio, é usado para complementar o visual e, além disso, é um recurso estilístico para adicionar cor e vida à roupa.

fotos maria luiza cerri Foto: Maria Luísa Cerri

      O diferencial do cachecol, dentre os outros acessórios, é que ele permite o uso da criatividade. O simples ato de enrolar uma faixa pelo pescoço tem várias formas e modalidades, aperfeiçoadas durante o tempo e acompanhando a moda nos renomados desfiles de roupas pelo mundo (como a São Paulo Fashion Week).

     Apesar de qualquer um saber enrolar o cachecol, o nome da modalidade que é enrolado não é conhecido entre a população, mas são no mínimo curiosas estas modalidades. Orelha de coelho, pescoço de tartaruga, infinito e estilo europeu são alguns exemplos. Existem mais de 25 jeitos diferentes para enrolar o cachecol, uns mais simples e outros mais complexos. Até aquela simples jogada para trás tem nome, traduzida do inglês “the toss”, significa lançada.

Maria Luísa Cerri

 

 Serviço: Os cachecóis estão disponíveis nas lojas de roupas e acessórios da cidade

O preço varia entre R$15 e R$60

 

19/04/2013

Duplo sentido de uma vida dupla

421901_474440039270676_1442201556_nEspetáculo Luis Antônio – Gabriela marca trajetórias da vida de um travesti em uma família conservadora

 “Não escolhi, sou travesti.” O espetáculo Luis Antônio – Gabriela conta a história do irmão do diretor, Nelson Baskerville. A história não torna Luis Antônio nem vilão, nem herói, mas o humaniza e conta o percurso, meio e sociedade em que viveu.

 O espetáculo é um documentário cênico, o que significa que, além de ser uma história real, representada pelos atores no palco, também apresenta documentos, fotos e relatos. O começo da peça é peculiar, apresenta a infância de Luis Antônio e Nelson como um álbum do bebê, aquele que as mães registram dia, idade e tudo o que acontece na vida da criança.

 A duplicidade da vida de Luis Antônio traz à peça duplos sentidos para os outros personagens também, nas palavras e nos gestos. Como na cena em que a madrasta está explicando como conheceu o pai deles enquanto come uma banana.

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Foto: Bob Souza

 Como não poderia deixar de ser, o espetáculo traz uma sexualidade exacerbada. Nas roupas, ou na falta delas, nos gestos, nas falas. O que aparece em vários momentos é a violência, tratada na peça com gestos brutos, gritos, barulhos e a cor vermelha. Nos momentos de violência, tudo acontece ao mesmo tempo, como se estivéssemos dentro da cabeça de Luís Antônio. A troca de cenários e de luz é feita pelos próprios artistas, mexendo peças e colocando panos coloridos em cima do canhão de luz.

 A peça é baseada no multimídia, enquanto a peça acontece, você vê a peça projetada na parede, o que reforça a ideia de documentário e pode sugerir uma contemporaneidade, tanto no modo de apresentar a peça quanto na questão tratada, que ainda é uma discussão muito atual.

Maria Luísa Cerri

Serviço:

Direção: Nelson Baskerville

Duração: 90 minutos

Indicação etária: 16 anos

Realização: Cia Mungunzá de teatro

27/03/2013

Uma comédia com tom de suspense

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Filme nacional peca em piadas rasas, mas arranca gargalhadas pelas trapalhadas dos personagens

O filme Vai que dá certo conta a história de cinco caras sem dinheiro nenhum que tomam medidas desesperadas para conseguir uma grana. Na trama, os personagens se enrolam em dívidas e fica cada vez mais difícil de saná-las. Por este motivo, a comédia vira quase um filme de suspense. O longa-metragem nacional tem uma mistura de jovens talentos e nomes renomados da comédia. Integram o elenco, de Bruno Mazzeo, Danton Mello, Lúcio Mauro Filho, Gregório Duvivier, Felip Abib e Fábio Porchat.

PROJETOR (1)- DIVULGAÇÃO

Foto: divulgação

O filme demora a engatar na comédia e as risadas só começam a aparecer no cinema a partir de 30 minutos de exibição. O humor está mais relacionado às trapalhadas do grupo de amigos (que não consegue nem sequestrar um dos elementos do grupo já tendo combinado antes e sendo parte do plano dos cinco), do que em piadas, já que a maioria é rasa e parecida com o humor da TV aberta.      O humor aparece também em tiradas sobre o mundo “nerd”, como filmes e jogos. O longa, com direção de Maurício Farias, tem personagens bem caricatos e regionalistas. Como exemplo, o enredo traz desde o “nerd” que tem uma loja de jogos até o político rico e que gosta de exibir o dinheiro. No regionalismo se percebe em quase todos os personagens o sotaque paulistano.

Apesar de ser uma comédia, o filme parece ser um pouco pessimista, pois coloca a mensagem de que a sociedade é tão corrupta que todos tem que agir de tal forma para conseguir sobreviver, portanto ninguém seria íntegro. No entanto, garante boas risadas pela estupidez e trapalhadas do grupo que não tem vocação nenhuma para o mundo do crime.

Maria Luísa Cerri

 

Serviço:

No shopping Palladium o filme fica em cartaz até o dia 28/03

Os horários são:

Sala 1: SEX,SAB,DOM,SEG E QUA 15:30 17:30 19:30 21:30
TER E QUI 17:30 19:30 21:30
Sala 3: DIARIAMENTE 18:30 20:30

No shopping Total o filme não tem data para sair de cartaz.

Horários (na sala 1): 14:20 – 16:30 – 18:40 – 21:00